CASA RAFAS

Autores: Bruno Braga, Bruno Perdigão, Epifanio Almeida, Igor Ribeiro
Localização: Eusébio - CE
Ano: 2012 


 















Para esta casa, foi fundamental pensar nas suas extremidades: extremidade frontal, que faz a relação da casa com a rua; extremidade superior, que faz a relação da casa com sua área mais exposta, a coberta; e extremidade lateral, que conecta a casa no seu interior com seu exterior. O programa exigia alguns ambientes mais expostos, outros mais privados, alguns mais abertos e outros semi-abertos. Dessa forma, sua implantação se deu fragmentada ao longo do terreno, que foi ocupado por dois volumes isolados. O primeiro na extremidade frontal, que funciona como barreira física, visual e como transição do público para o privado abriga a garagem e um escritório; o outro, com um grande embasamento em pedra para as áreas de estar, se distribui ao longo do terreno de forma mais linear, abrigando a residência em si. Com essa disposição também foi possível aproveitar a ventilação proveniente do sudeste e proteger os ambientes de permanência da insolação direta do oeste. A distribuição dos usos se deu de forma a agregar os de maior afinidade, definindo alguns setores funcionais dentro da casa. Aproveitando o caráter longitudinal da planta, uma vez que as principais áreas íntimas estavam no pavimento superior, a coberta foi desenhada de forma a ser totalmente permeável ao vento, sem acúmulo de ar quente entre as telhas, forradas com réguas de madeira e a laje de forro. Pensando na iluminação e ventilação naturais e nas relações entre distribuição do programa e insolação, a fachada nascente recebeu amplas esquadrias de madeira e vidro, protegidas no térreo pelo balanço da varanda e no superior por painéis deslizantes de madeira. Na fachada poente, mais opaca, as esquadrias estreitas fazem contraponto a um grande pano de venezianas de madeira, permitindo ventilação cruzada e controle de insolação direta no ambiente comum superior.