Autores: Bruno Braga, Bruno Perdigão, Epifanio Almeida, Igor Ribeiro, Marcelo Bacelar, Lara Lima, João Victor Pitombeira
Local: Fortaleza - CE
Local: Fortaleza - CE
Ano: 2013
Idealizado
pelo Rede Arquitetos juntamente com os arquitetos Marcelo Bacelar, Lara
Lima e o administrador João Victor Pitombeira, o FJAL ocorreu em
Fortaleza, nos dias 15, 16 e 17 de maio de 2013, contando com um
público de mais de 750 pessoas. O fórum foi realizado através da
Universidade Federal do Ceará, com promoção da Astef e
organização da empresa Ikone Eventos.
O Fórum Jovens Arquitetos Latino-Americanos – FJAL – foi uma ideia que começou em junho de 2010, quando jovens arquitetos de Fortaleza resolveram trazer para o debate a nova produção arquitetônica da América Latina. O recorte utilizado na escolha dos arquitetos convidados foi pautado na idade e no lugar de atuação dos mesmos. Outro princípio básico na escolha dos palestrantes foi ensejo de demonstrar profissionais que estivessem atuando na América Latina com um forte embasamento teórico – aliando, portanto, teoria e prática arquitetônicas – o fórum buscou aproximar ao máximo as experiências profissionais apresentadas com a realidade da prática cotidiana, tendo em vista as semelhanças compartilhadas pelos países em questão, a fim de buscar incentivar e motivar novas formas de encarar os problemas e as potencialidades de cada lugar, buscando as melhores soluções para as nossas cidades. Dessa forma, o fórum agregaria uma discussão teórica, mas com rebatimentos práticos, mostrando exemplos de arquitetos e escritórios em ascensão, gerando conhecimento e, mesmo conscientes do risco que isso implica, apontando caminhos. Essas ideias se consolidaram em junho de 2011, num evento de três dias, com um público sempre presente de mais de quinhentas pessoas. Em sua primeira edição, o FJAL tratou do tema ‘Inserções numa realidade periférica’, focando, justamente, nessas novas práticas arquitetônicas, nas dificuldades em meio às condições de escassez e nas complexas situações socioeconômicas dos países, e em como, em meio a tudo isso, alguns arquitetos conseguem se inserir e atuar com grande qualidade, transformando todas as limitações em filtro para o supérfluo e estímulo para a criatividade.
Conscientes do risco – mas também da necessidade – de realizar mais uma vez este momento de troca de experiências e aproximação entre países e pessoas tão próximas e às vezes tão distantes, o mesmo grupo se reuniu para organizar a segunda edição do FJAL. Era preciso, no entanto, não repetir apenas pela boa aceitação do primeiro evento, mas sim pela relevância e coerência do novo tema proposto. Assim, seguindo os mesmos recortes e princípios já citados anteriormente, o evento explora agora o tema ‘ (des)construindo fronteiras’. A palavra fronteiras adquire aqui significados e abrangências múltiplas, assim como ocorreu na primeira edição do fórum com a palavra inserções. A fronteira da arquitetura, das influências das diferentes escolas e mestres, dos materiais e tecnologias construtivas. A fronteira da atuação, onde escritórios atuam em outras cidades, países e até continentes, num mundo cada vez mais próximo e conectado. A fronteira dos arquitetos, quando é cada vez mais comum ter equipes de arquitetos de diferentes origens e formações trabalhando juntos, gerando um intercâmbio cultural muito rico e diverso. A fronteira da disciplina, uma vez que a interdisciplinaridade permite que os arquitetos caminhem por diversas áreas, arquitetura, urbanismo, interiores, design de mobiliário, cenografia, publicação de livros.
Essas são apenas algumas das fronteiras a serem discutidas. A ideia, mais uma vez, não é buscar respostas consolidadas ou discutir o certo ou errado, mas gerar discussões, perguntas e inquietações. Acima de tudo, o objetivo maior é continuar explorando essa nova arquitetura que vai nascendo, crescendo e, cada vez mais, amadurecendo.
Para ler o discurso de abertura do fórum, elaborado pela comissão organizadora, clique aqui.